Moda inclusiva para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida
Diversidade, Equidade e Inclusão: A importância da moda inclusiva vai além do atendimento ao público PcD, ela abrange e acolhe qualquer pessoa com mobilidade reduzida e olha para a diversidade de todo e cada corpo.
A moda, à primeira vista, pode até parecer um detalhe menor, mas não é. Isso porque ela não é restrita ao ato de vestir. Moda comunica, influencia e impacta a realidade. Pensando nisso, a moda inclusiva aborda a diversidade humana e promove autonomia, expressão de identidade e oportunidade de acesso à moda.
Já parou para pensar que além dos problemas diários que uma PcD (Pessoa Com Deficiência) enfrenta nas cidades por conta da falta de adaptação, o ato de vestir-se também pode ser um desafio? Além de precisarem tirar um longo período do seu dia para se vestir, é comum ter que lidar com o fato de que, ao comprar roupas, se faz necessário costurar bainha, colocar ou retirar elementos da peça para trazer mais conforto, entre tantas outras adaptações.
Indo contra ao pensamento da maioria, as roupas adaptadas para pessoas com deficiência não precisam ter tecnologias sofisticadas ou designs complexos, muito pelo contrário, quando falamos de moda inclusiva partimos do princípio de que quanto mais fácil de usar e funcional, melhor.
A roupa tem o poder de fazer você se sentir confiante em sua própria pele, mas não conseguir encontrar algo que caiba do jeito que você quer, pode ser difícil, frustrante e caro. Essas problemáticas se agravam mais ainda quando se trata de um corpo PcD.
Na história recente da moda, vimos o surgimento de movimentos que se concentram na diversidade e na inclusão, desde modelos plus size na passarela até designers que criam peças pensando em atender a maior variedade de corpos possíveis. Essas iniciativas ajudam a quebrar estigmas e a educar o público acerca da importância de considerar o design inclusivo ao desenvolver uma roupa. Afinal, todos deveriam poder expressar seus estilos e identidades através da moda.
Marcas de moda inclusiva:
Pensando nessa carência, algumas marcas buscaram soluções básicas, como zíperes laterais ou fechos de velcro, que fazem toda a diferença no dia a dia de quem vive com mobilidade reduzida. Modificações simples nos modelos – como, por exemplo, adicionar espaço extra nas pernas de calça - podem ajudar as pessoas que usam cadeira de roda ou que precisam de flexibilidade adicional no ajuste de suas roupas. Etiquetas em braile para que pessoas com pouca ou nenhuma visão possam saber o que estão vestindo e ter acesso às características do tecido que pretendem comprar...
São recursos relativamente simples de serem inseridos na produção, fazem toda a diferença na experiência do cliente e abrem portas para uma moda mais inclusiva!

Confira algumas marcas ativas de moda inclusiva:
- SB Shop: É uma linha de roupas exclusivas, fundada pela brasileira Samanta Bullock - uma das 100 pessoas mais influentes do Reino Unido - e, também, uma das cocriadoras da London Represents (desfile sustentável e diverso da semana de moda de Londres). SB shop é baseada no princípio de que “não se trata de ser deficiente, mas de se sentir bonita e confortável”;
- Equal Moda Inclusiva: A Equal Moda Inclusiva adapta roupas para atender pessoas que têm dificuldades no vestir, como cadeirantes e suas especificidades, pessoas com dificuldades em abrir botões convencionais, que sentem dores ou desconfortos com seu vestuário, que demoram muito tempo para colocar uma roupa ou têm as articulações enrijecidas, vão encontrar inovadoras possibilidades para que o ato de se vestir seja sem dores e com muito estilo;
- Via Voice For Fashion: A marca se preocupa em entregar design e inovação, tendo como missão ser inspiração e dar voz de expressão para as pessoas com nanismo;
- Preguistê: A Preguistê é uma marca de pijamas que levanta a bandeira do pijama na rua. Pensando no consumidor PcD, desenvolveu peças gostosas de usar, adaptadas e estilosas;
- Lado B: A marca pensa na inclusão como um conjunto de ações que permite que pessoas com deficiência se sintam, de fato, integradas à sociedade, a Lado B produz roupas e acessórios para adultos e crianças com dificuldades de mobilidade.
A triste verdade é que muitas vezes as pessoas com deficiência não são vistas pelas marcas como consumidores. Por essa razão que a moda inclusiva é tão importante, dando visibilidade e espaço para que aqueles que antes eram excluídos da indústria possam participar, possibilitando-os se expressar através das roupas.
Investir em moda inclusiva não é uma mera preocupação social, segundo o Instituto Coresight Research, o segmento de Moda Inclusiva gerou US$ 288 bilhões globalmente, somente no ano de 2019. E, à medida que se expande, torna-se uma das próximas grandes oportunidades de mercado.
Diante desse panorama, as marcas estão trabalhando para tornar suas roupas inclusivas, não apenas por razões éticas, mas porque há um grande mercado com potencial de crescimento que veio para ficar. Tendência apreciada pelas PcD que representam pelo menos 15% da população global. Além disso, as pessoas com deficiência consomem moda não só pela funcionalidade, mas também pelo estilo e todas as suas particularidades, desejos e valores, como qualquer outra pessoa, e isso precisa ser considerado.
Apesar de super relevante e necessário, infelizmente, a moda inclusiva é um assunto ainda pouco debatido. Ainda assim, não é de hoje que falamos sobre a diversidade dos corpos e a importância de abrir a mente em relação ao que é a moda inclusiva, respeitando a individualidade de cada pessoa, de cada corpo, e personalidade.
Com a consultoria de imagem não é diferente, e saber fazer atendimentos específicos para esse público já é uma demanda real. Quer elevar sua técnica e aumentar a abrangência dos seus serviços?
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